22 de março de 2017

Mistério Pascal e Semana Santa 2017

            Celebração do Mistério Pascal            
                     e da Semana Santa                    
                     RIO MAIOR - 2017                     
                                                                                  Colaboração:
Sermão do Encontro a cargo do nosso                      Banda da Sociedade Filarmónica
Bispo Sua Ex.ª Rev. Sr. D. Manuel Pelino                de Instrução e Cultura Musical de S. Sebastião
                                                                                                                                                                  
Organização:
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA E PARÓQUIA DE RIO MAIOR


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CELEBRAÇAO DO MISTÉRIO PASCAL

 Domingo de Passos • 2 de Abril
12 e 19 horas: CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA (Igreja Paroquial)
                      (Não se celebram as Missas da tarde nas Capelas).
15.30 horas: PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS (Igreja da Misericórdia)
Percurso:  Igreja da Misericórdia, Rua João de Deus, Rua D. Afonso Henriques, Rua 6 de Novembro, Largo D. Maria II (Rossio), Rua Mouzinho de Albuquerque, Trav. do Espírito Santo, Rua Serpa Pinto, Praça do Comércio - SERMÃO DO ENCONTRO - Rua Serpa Pinto, Rua 5 de Outubro, Rua José Pedro Inês Canadas, Av. Paulo VI, Rua Francisco Barbosa, Largo Adelino Amaro da Costa e Igreja da Misericórdia.



SEMANA SANTA

 Domingo de Ramos da Paixão do Senhor • 9 de Abril
12.00 horas: Benção e Procissão dos Ramos com inicio no largo em frente da Igreja Paroquial, entrada solene e Eucaristia.
19.00 horas: MISSA DOMINICAL (Igreja Paroquial).

 Quinta-Feira Santa • 13 de Abril
11.00 horas: MISSA CRISMAL (Sé de Santarém)
21.00 horas: Igreja Paroquial: Celebração da Ceia do Senhor • Mandamento Novo «Lava-pés»  Instituição do Sacerdócio e da Eucaristia • Adoração até às 24 horas.

 Sexta-Feira da Paixão do Senhor • 14 de Abril
15.00 horas: CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO E MORTE DE JESUS (Igreja Paroquial)
• Leituras Bíblicas • Preces e Veneração da Cruz • Comunhão Eucarística
• Procissão do Enterro do Senhor, saída da Igreja Paroquial e chegada na Igreja da Misericórdia.
Percurso: Igreja Paroquial, Av. João Ferreira da Maia, Av. Paulo VI, Rua José Pedro Inês Canadas, Rua 5 de Outubro, Ruo D. Afonso Henriques, Rua 6 de Novembro, Largo D. Maria II (Rossio), Rua Mouzinho de Albuquerque, Trav. do Espírito Santo e Igreja da Misericórdia.



PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

 Sábado • 15 de Abril
22.00 horas: SOLENE VIGÍLIA PASCAL (Igreja Paroquial)
- Celebração da Luz;
- Leituras Bíblicas;
- Bênção do Água;
- Renovação do Compromisso Baptismal;
- Eucaristia Pascal.

 Domingo • 16 de Abril
12.00 horas: Missa do Dia de Páscoa (Igreja Paroquial)
19.00 horas: Missa do Dia de Páscoa (Igreja Paroquial)
Nota: Não se celebram missas nas capelas.



                   CONFISSÕES                   

Dia 11 de Abril, das 10 às 22 horas (Igreja Paroquial)
NOTA: Nos lugares da Paróquia, as confissões são avisadas nas próprias capelas


CRISMA ou Confirmação

Crisma ou Confirmação, é o Sacramento que confere os Dons do Espírito Santo, conduzindo o fiel católico ao caminho da perfeição cristã. Representa como que a passagem da infância para a fase adulta, espiritualmente falando. Nesse sentido é que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. A Crisma é a confirmação do Batismo porque fortalece a Graça que este nos deu: se o Batismo nos imerge no Espírito Santo, a Crisma deve nos tornar “fortes e robustos” no mesmo Espírito, enquanto cristãos e membros do Corpo Místico de Cristo neste mundo, a Santa Igreja.

A palavra Crisma vem do grego e significa Óleo da Unção. O termo, no feminino (a Crisma), refere-se ao Sacramento em si, e no masculino (o crisma), refere-se ao óleo de ungir. Ungir é untar a fronte do crismando com o óleo próprio, em cruz. O óleo usado na cerimônia da Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.

Três passos são necessários à administração da Crisma: a imposição das mãos sobre a cabeça do crismando; a unção com o óleo na fronte; as palavra do Bispo: “Recebe por este sinal o Espírito Santo, Dom de Deus”, ao que o crismando responde: “Amém”.

É o Bispo quem ministra o Sacramento da Crisma, mas em sua ausência pode delegar essa missão a um padre. Durante a celebração, o Bispo suplica os Dons do Espírito Santo na seguinte oração:

Deus Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo destes uma vida nova a estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do Espírito do vosso temor.


Os Sete Dons do Espírito Santo:


Sabedoria - Não sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a Verdade, que é Deus, Fonte da Sabedoria. Verdade que encontramos na Bíblia e na orientação da Igreja.

Entendimento - Dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.

Conselho - É a luz para distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, e assim orientarmos acertadamente a nossa vida, e as vidas daqueles que precisam de um conselho nosso.

Ciência - Não as ciências do mundo, mas a ciência do Sagrado, das coisas de Deus. Ciência da Verdade e da Vida. Por esse Dom, o Espírito Santo nos indi-ca o caminho a seguir na realização da nossa verdadeira vocação.

Fortaleza - É o Dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, até mesmo no martírio, se for preciso.

Piedade - É o Dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse Dom nos é dado o "sabor" inigualável das coisas de Deus.

Temor de Deus - Não é "medo de Deus", já que “o Perfeito Amor lança fora o medo; quem tem medo não é perfeito no Amor” (Jo 4, 18). Temor de Deus significa viver o Amor sincero por Deus, tão grande que queima o coração de respeito e sincera devoção pelo Criador. Não é pavor da Justiça Divina, é zelo em agradar a Deus.

Esmola: chamamento à santidade

A liturgia quaresmal é, de forma sui generis, moralizante e edificadora. Deve-se reiterar que este é um período que, de forma frontal e perseverante, apela à moralização da nossa vida cristã, que deve influenciar a nossa existência enquanto seres criados para a liberdade, baseada na responsabilidade, e para a comunhão com Deus e os irmãos. No primeiro dia da Quaresma, o Evangelho aludia às abundantes formas de efetivar boas obras, abordando a esmola, sobre a qual dissertava: “Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa” (cf. Mt 6, 3-4). Durante a vida pública de Jesus, este era um aviso sério, um apelo para que a esmola, dada em público, não se tornasse um motivo de vanglória, mantendo-se atual.
João Paulo II, numa Audiência Geral, em Março de 1979, afirmou que a esmola é conversão: “Esta abertura aos outros, que se exprime com o «auxílio», com o «repartir» a comida, o copo de água, a palavra amável, o conforto, a visita, o tempo precioso, este dom interior oferecido ao outro homem chega diretamente a Cristo, diretamente a Deus. Decide do encontro com Ele. É a conversão”. A Igreja convida-nos à partilha generosa, que pode ser feita de duas formas: material ou espiritualmente. A primeira, a título de sugestão, pode ser concretizada através da renúncia quaresmal, a partilha que cada cristão é convidado a fazer com a Igreja Diocesana e que depois é destinada a apoiar as causas mais necessárias e urgentes, principalmente no plano social; a segunda, correntemente menos realizada, atinge o seu auge na prática das Obras de Misericórdia, qual programa de vida para todos os homens e mulheres de boa vontade: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, visitar os doentes, dar bons conselhos, corrigir os que erram, rezar pelos vivos e pelos defuntos; entre outras, num total de catorze, divididas em obras de misericórdia corporais e espirituais. Nesta Quaresma, o Patriarcado de Lisboa destinará a renúncia quaresmal para as obras no Seminário dos Olivais. Pode este ser, pois, um bom motivo para colaborarmos. Espiritualmente, podemos, e devemos, rezar uns pelos outros, estar atentos aos nossos familiares, ser simpáticos com todos. Porque, acima de tudo, devemos ter desejo de santidade, dado que a esmola, como afirmou o Papa Francisco, no Ano da Misericórdia, mais do que atirar uma moeda ao ar, deve ser parar e falar com quem pede.

Diogo Ribeiro de Campos

Francisco: Papa, há quatro anos

Escrevo no dia aniversário da eleição de Jorge Mário Bergoglio a Bispo de Roma e Papa da Igreja católica. Ontem à tarde [Domingo 12 de Março], em visita a uma Paróquia de
Roma, Papa Francisco, respondendo às perguntas das crianças, sentado no meio do campo de futebol, disse que se tivesse dado muito dinheiro aos cardeais para ser Papa não teria conseguido, porque quem o escolheu foi o Espírito Santo.
Já passaram quatro anos e, ainda hoje, não esquecemos aquele "Buonasera" (boa tarde), no findar do dia 13 de Março de 2013. E, depois da simples apresentação - «os meus irmãos cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo» - o pedido de rezar por ele, o silêncio e o corpo curvado que se deixava abençoar pelos homens e mulheres de todo o mundo.
Papa Francisco é amado porque reveste de vida quotidiana o Evangelho; a sua fé enraíza-se na Palavra de Deus e na oração; o seu estilo de vida privilegia os pobres e os "afastados". A ele, muita gente olha com esperança, confiando-lhe aflições e sonhos. Francisco procura viver o que anuncia, sem a presunção de aparecer perfeito, aliás apresentando-se como um pecador e necessitado.
Como Papa, até agora, ofereceu-nos documentos valiosíssimos: as duas exortações apostólicas Evangelii Gaudium (24 Novembro de 2013) sobre a alegria de anunciar o Evangelho, convidando toda a Igreja a uma conversão missionária; e a Amoris Laetitia (19 de Março de 2016), sobre a alegria do Amor, falando sobretudo da vocação e missão da Família, hoje. E não podemos esquecer a carta encíclica Laudato si' (24 de maio de 2015), sobre a necessidade de conservar o planeta, a nossa "casa comum".
Mas são sobretudo as atitudes do Papa Francisco que penetram no coração dos nossos contemporâneos. Quando escuta e sussurra, quando sorri ou fica em silêncio e a pensar, quando abraça as pessoas ou quando levanta a voz para condenar os males do nosso tempo: a economia que mata, a corrupção, o comércio das armas, a guerra aos
pedaços, a cultura do descarte e da indiferença, os muros de separação, as violências contra as crianças e as mulheres.
No início da Quaresma, durante a oração mariana do Angelus dominical, convidou-nos a utilizar a Bíblia, assim como utilizamos o telemóvel: sempre connosco. Será que, depois de quatro anos, conseguimos passar da admiração pelo Papa Francisco à atuação de algumas das suas exortações? Aproxima-se a sua vinda a Fátima. Com que espírito nos preparamos a acolher a sua pessoa e a sua palavra?


frei Fabrizio

1 de março de 2017

QUARESMA: CAMINHO DE CONVERSÃO

Volta para mim



Ó meu povo
Disperso pelo mundo
Encadeado pelo teu capricho
Vagabundo
Volta para mim

Eu tinha-te dado a terra

Para que a afeiçoasses
À medida das tuas necessidades
Como avaro proprietário
Tu fixas a relha do arado na terra
Esquecendo a direção em que o caminho segue.
Ó meu povo, volta para mim.

Tinha-te presenteado com a semente

Para que todas as sementes germinassem e fossem partilhadas
Mas tu preferes guardar o teu pão
Ignorando toda a comunhão.
Tinha-te dado os grandes luzeiros
Para que o teu coração se abrisse ao grande dia
Mas tu inventas a tua própria luz
Matando os raios do amor.
Ó meu povo, volta para mim.

Tinha-te criado um coração de carne

Para que batesse ao ritmo do teu Deus
Mas tu enches o teu coração de cólera ardente
Preferindo-te ao teu Deus.
Dei-te o meu único Filho
Para que fosse o teu único pão
E queres outros pães para a tua fome
Queres outras palavras para a tua fé
Procuras-me onde não me encontro
Mas eu espero-te, ó meu povo,

Volta para mim.



Padre Paolo Bereta