Ó meu povo
Disperso pelo mundo
Encadeado pelo teu capricho
Vagabundo
Volta para mim
Eu tinha-te dado a terra
Para que a afeiçoasses
À medida das tuas necessidades
Como avaro proprietário
Tu fixas a relha do arado na terra
Esquecendo a direção em que o caminho segue.
Ó meu povo, volta para mim.
Tinha-te presenteado com a semente
Para que todas as sementes germinassem e fossem partilhadas
Mas tu preferes guardar o teu pão
Ignorando toda a comunhão.
Tinha-te dado os grandes luzeiros
Para que o teu coração se abrisse ao grande dia
Mas tu inventas a tua própria luz
Matando os raios do amor.
Ó meu povo, volta para mim.
Tinha-te criado um coração de carne
Para que batesse ao ritmo do teu Deus
Mas tu enches o teu coração de cólera ardente
Preferindo-te ao teu Deus.
Dei-te o meu único Filho
Para que fosse o teu único pão
E queres outros pães para a tua fome
Queres outras palavras para a tua fé
Procuras-me onde não me encontro
Mas eu espero-te, ó meu povo,
Volta para mim.
Padre Paolo Bereta
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