16 de abril de 2017

VIVER A PÁSCOA É...

É ser capaz de mudar.
É partilhar a vida na esperança.
É ajudar mais gente a ser gente.
É viver constante libertação.
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida.
É investir na fraternidade.
É lutar por um mundo melhor.
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço.
É uma nova oportunidade para melhorarmos as coisas que não gostamos em nós. Para sermos mais felizes por nos conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje...





O QUE É ACREDITAR NA RESSURREIÇÃO...

            Quando o pecado te apertar a garganta e te sentires sufocado ao ponto de não aguentares mais, diz a ti mesmo: “Cristo ressuscitou dos mortos e eu ressurgirei do meu pecado”.

            Quando a velhice ou a doença tentarem amargurar a tua existência diz a ti mesmo “Cristo ressuscitou dos mortos e fez novos céus e nova terra”

            Quando vires o teu filho fugir de casa em busca de aventura, e te sentires fracassado no teu sonho de pai ou de mãe, diz a ti mesmo “O meu filho não escapará das mãos de Deus e há de voltar para cá porque Deus o ama”.

            Quando vires extinguir-se a caridade em volta de ti e os homens como que enlouquecidos no seu pecado e embriagados  pelas suas traições, diz a ti mesmo: “Chegarão até ao fundo, mas retrocederão, porque longe de Deus não se consegue viver”.

            Quando sentires náuseas provocadas pela desordem, pela violência, pelo terror, pela guerra, que dominam tudo e todos, e quando tiveres a impressão de que a terra se transformou num caos, diz a ti mesmo: “Jesus morreu e ressuscitou justamente para salvar, e a sua salvação já está presente entre nós”.

            Quando o teu pai ou a tua mãe, o teu filho ou a tua filha, a tua esposa ou o teu esposo, o teu amigo mais querido estiverem  diante de ti no leito de morte e nele fixares o olhar na angústia mortal do grande desapego, diz a ti mesmo e também a eles: “ Havemos de nos rever no Reino. Coragem!”

(Carlos Carretto)

Páscoa 2017

PÁSCOA 2017


lrmãos e Irmãs, Cristo Ressuscitou!

A Páscoa é o acontecimento fundante da fé cristã. Ser cristão é, essencialmente, acreditar que Cristo ressuscitou como nova criatura e como primogénito de muitos Irmãos. Se não acreditarmos no mistério pascal, é vã a nossa fé. Se acreditarmos, as nossas maiores preocupações serão viver e testemunhar a Páscoa.
Uma das Imagens que bem representa o mistério da Páscoa é o Sol nascente, que rasga a escuridão da noite e traz a luz do novo dia. Realmente, a Páscoa afirma a vitória da luz sobre as trevas e da vida sobre a morte.
Viver a Páscoa é caminhar para a plenitude da vida, progredir no caminho da verdade, da justiça e do amor. Assim, o encontro com Cristo ressuscitado transforma todos os que fazem experiência dele. A luz esplendorosa de Cristo ressuscitado não é para ficar guardada no templo ou no Intimo de cada um. É um tesouro confiado aos crentes para oferecê-lo ao mundo Inteiro, para comunicá-lo a todas as pessoas.
Como traduzir de forma visível a alegria deste tesouro? Certamente, valorizando as expressões da tradição cristã: visitas pascais, convívios familiares, bênção das casas, etc., mas, sobretudo, indo ao encontro do homem oprimido e cansado, o "descartado" da nossa
sociedade, oferecendo-lhe uma nova esperança: a vida nova de Jesus ressuscitado.
As celebrações dominicais da Eucaristia são o anúncio e o testemunho da Páscoa de Cristo; oxalá que as nossas celebrações sejam um espelho fiel desta realidade! Aliás, para os discípulos de Jesus Cristo, todos os dias deveriam ser iluminados pela luz do novo dia da Páscoa: «Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e alegremo-nos nelel».

o pároco,
frei Paulo



Agraaecemos, desde já, a todos os que contribuírem
para as neceessidades da nossa lgreja, através da

CÔNGRUA PAROQUIAL

9 de abril de 2017

O Maior Amor

Fez-se obediente até à morte. (Filipenses 2.8)



Em cinco versículos, dos mais belos dos seus escritos,
Paulo faz-nos uma descrição quase lírica
da missão de Cristo.
Um hino além disso magnificamente exaltado
pela melodia gregoriana.
Um hino, mas antes de tudo uma história verdadeira.
Uma magnífica história de amor, vivida dia-a-dia:
Deus anónimo nessa família da Palestina.
Deus a aprender a vida dos homens.
Simplesmente, humildemente, alegremente.
Deus carpinteiro de mãos calejadas.
Deus tão homem que nem sabe se é Deus.
Deus a dizer aos homens na língua de todos os dias
que é verdadeiramente Deus.
Deus que aceita ser coerente até ao fim,
que não chega a uma vida longa,
mas é condenado à morte injustamente.
Deus a gritar a Deus do furido da sua angústia:
<<Por que me abandonaste?>>
Deus a mergulhar, como todo o homem,
no desconhecido horrível da morte ...

Domingo de Ramos

ATÉ À PÁSCOA !



Durante 40 dias caminhámos em direcção à Páscoa.
Concretamente, podemos agora participar na aventura
pascal do Povo de Deus: a nossa libertação!.
As nossas celebrações, com efeito, não são comédias, nem
encenações. Elas fazem-nos participar, aqui e agora, na
grande obra de construção de um mundo novo. Este já
começou com o nosso Baptismo. Para muitos de nós já
aconteceu há vários anos, e sobretudo, passou-se sem a nossa
presença consciente.
Mas, em cada noite de Páscoa, a Igreja propõem-nos que
"reactualizemos" a nossa opção cristã, que tomemos
consciência do mistério do nosso Baptismo na água e no
Espírito, quando entrámos a fazer parte do Povo de Deus.
Num tempo de individualismo, onde o homem é cada vez
mais lobo do homem, é bom sentirmo-nos um povo de
irmãos. Um povo pecador, sem dúvida, mas também um povo
disposto a avançar ao ritmo do Evangelho, sentindo a
presença misteriosa do Ressuscitado, o Deus que por nós
venceu toda a morte.

2 de abril de 2017

Semana Santa

A SEMANA SANTA É UM CAMINHO.



Um Caminho que fazemos acompanhando os últimos dias da vida de Jesus. Este acompanhar e seguir Jesus nestes dias não é só recordar o que então aconteceu. Nem é só unir-se cada um aos sentimentos de Jesus.

Nas celebrações litúrgicas destes dias - sobretudo nas celebrações da Missa - torna-se presente e actual o núcleo central e a força do que então sucedeu. Não só o recordamos. Nós o vivemos. Esta é a intenção e a oferta do Caminho da Semana Santa.

As etapas deste caminho são:

1 . DOMINGO DE RAMOS: ACLAMAMOS
    Pode parecer estranho. Começarmos um caminho que sabemos que levará à paixão e morte, com cânticos de alegria e aclamações de vitória. Somos inconscientes? Não, não esquecemos hoje - lemos isso na Paixão, a grande leitura da Missa de hoje - os sofrimentos trágicos de Jesus. Mas, podemos cantar e aclamar porque temos uma Fé que vai mais para além da tragédia da Cruz. Hoje já sabemos que o nosso Irmão e Senhor Jesus, ressuscitará. Vencerá. Por isso cantamos e aclamamos Aquele que já é vencedor.

2. QUINTA-FEIRA SANTA: DOIS MANDATOS
    Jesus, na véspera da Sua Morte, "tendo amado os seus, amou-os até ao fim" (explica o Evangelho de S. João). E este amor concretiza-se em dois "testamentos". Em dois mandatos. São os que comemoramos na Missa solene da tarde de hoje.
    PRIMEIRO MANDATO: "que VOS ameis uns aos outros como eu vos amei". Com um amor que é feito de humildade e serviço (como mostrou aquela noite lavando os pés dos Apóstolos: inclusivé de Judas).
    SEGUNDO MANDATO: Deu-lhes o pão como Seu corpo e o vinho como Seu sangue. E mandou: "Fazei isto em memória de Mim". Uma memória que é realidade, presença e alimento de união.
    Dois Mandatos intimamente, indissoluvelmente unidos.

3. SEXTA-FEIRA SANTA: "SOU REI"
    Hoje é um dia de contemplação. De contemplação admirada, comovida, orante, da última etapa d' Aquele Profeta dos pobres, dos simples - também dos pecadores - que diante daquele que autorizou a sua morte, o governador romano Pilatos, afirma: "Tu o dizes: sou rei".
    É o nosso rei. Por isso contemplamos a Sua Paixão e Morte não como espectadores - ainda que sejam espectadores comovidos - mas como discípulos que O seguem.

4 . SÁBADO SANTO: SILÊNCIO
    Sabemos - acreditamos - que a morte não é o fim. Estamos na expectativa - à espera - da outra face da moeda, a face que é a grande resposta do Pai.
    Por isso, neste sábado de silêncio, esperamos esta resposta final de Deus Pai. Como a esperou, naquele sábado, em Jerusalém, Maria de Nazaré.

5. VIGÍLIA PASCAL: A NOITE LUMINOSA
    Nos Evangelhos dos três últimos Domingos da Quaresma, vimos que Jesus se autoapresentava como:
    1 - LUZ que ilumina o nosso caminho;
    2- ÁGUA que fecunda o nosso coração, até se tomar fonte que jorra dele;
    3 - VIDA, vida real, consistente. que vence a morte, que pode ser a nossa vida para sempre.
    Na celebração desta noite - a celebração máxima do ano cristão porque é a Páscoa, quer dizer, a passagem da morte à vida - significamos o seguinte: a luz, o Círio Pascal, ilunína a nossa noite; a água do Baptismo é promessa de fecundidade (Deus não quer que sejamos
terra seca); a Grande Eucaristia pascal - anunciada com Aleluias de ressurreição - que renova e nos transmite aquilo que Jesus mais quis para nós: a Vida nova.
    Quis isto naquele tempo e ·realiza-o agora e sempre, em toda a terra e para todos os homens, porque Ele é a vida.